sexta-feira, 19 de abril de 2013

Apicultores discutem em audiência perdas na produção de mel no Piauí


03/04/2013 10h44 - Atualizado em 03/04/2013 10h44

Apicultores discutem em audiência perdas na produção de mel no Piauí

Encaminhamentos serão apresentados ao Ministério da Agricultura.
Thiago Gama afirma que um milhão de colmeias estão abandonadas.

Do G1 PI
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A Assembleia Legislativa do Piauí realiza nesta quarta-feira (3) uma audiência pública para tratar das perdas dos produtores de mel no estado.
Thiago Gama, representante da categoria, disse durante entrevista ao Bom Dia Piauí que mais de um milhão de colmeias estão abandonadas em todo o Nordeste e, o Piauí é o estado mais prejudicado com a estiagem.

“Somos o maior produtor e exportador de mel do Brasil. Nossos apicultores estão sendo prejudicados por conta da seca e vamos discutir nesse encontro uma forma de diminuir estes prejuízos. Queremos que os bancos liberem um prazo maior para o pagamento das dívidas ou até mesmo nos conceda a anistia, porque a maioria dos trabalhadores sobrevive apenas da produção de mel e não têm condições de honrar com estes compromissos”, garante Thiago Gama.

O apicultor ressalta também que  os encaminhamentos do encontro serão apresentados ao Ministério da Agricultura e Câmara Setorial de Mel em Brasília.
Thiago Gama  afirmou ainda que um dos grandes problemas é que a chuva na região de Picos, no Sul do Piauí, onde no começo do ano foi pouca e em locais isolados. Segundo ele, a florada não vingou e as abelhas não têm onde buscar alimento.

“O governo estadual  liberou a ração e  transporte das abelhas, mas infelizmente somente estas atitudes não resolvem a problemática. Os apicultores  levaram de três a cinco anos para recuperar os prejuízos”, diz.

Câmara Setorial do Mel discute no DF a crise dos apicultores do Nordeste


22/03/2013 07h42 - Atualizado em 22/03/2013 08h33

Câmara Setorial do Mel discute no DF a crise dos apicultores do Nordeste

Seca dos últimos meses dizimou milhares de colmeias.
Ministério da Agricultura aguarda as propostas para se manifestar.

Do Globo Rural
 A região Nordeste responde por 40% da produção nacional de mel. Só que a seca dos últimos meses dizimou milhares de colmeias. Em Brasília, representantes da cadeia produtiva se reuniram para discutir medidas para amenizar o problema.
Vinícius de Carvalho é apicultor em Xorozinho, no Ceará. No passado, ele chegou a produzir cinco toneladas de mel por safra. Mas, este ano, por causa da seca, ainda não tirou uma gota de mel. “É um problema muito sério. Acredito que muitas pessoas tenham que abandonar a atividade porque não têm mais o que fazer”, lamenta o agricultor.
Segundo a Confederação Brasileira da Apicultura, em todo o país, um milhão de colmeias foram abandonadas pelas abelhas em 2012, por falta de alimento. Com os cajueiros secos por causa da estiagem, não houve flores e as abelhas desapareceram.
Na empresa de Thiago Gama, que fica em Picos, no Piauí, as vendas para os Estados Unidos e Alemanha caíram 85% em 2012 em relação ao ano anterior. “Foram 85% de baixa na produção e na exportação consequentemente. As exportadoras de mel do Nordeste dependem 100% do mel produzido no Nordeste”, conta o empresário.
Os representantes do setor produtivo pedem ao governo a renegociação das dívidas dos apicultores, com prazo longo de pagamento e juros baixos. Outra reivindicação é a abertura de novas linhas de crédito para recuperação da apicultura no Nordeste.
“Precisamos de ações imediatas para recuperar as colmeias perdidas por causa da estiagem e renovar a capacidade de investimento dos agricultores através de linhas de crédito”, declara o presidente da Confederação Brasileira da Apicultura, José Cunha.
O Ministério da Agricultura vai aguardar as propostas do setor para manifestar. A Câmara Setorial do Mel deve elaborar um documento com as reivindicações. O Ministério da Agricultura aguarda as propostas para se manifestar.

Conap Estimulará a Produção de Própolis em 2013

Própolis Conap
A demanda internacional aquecida, superando a oferta de própolis produzida em Minas Gerais, está incentivando os trabalhos da Cooperativa Nacional de Apicultura (Conap), que em 2013 pretende estimular o aumento da produção. No próximo ano também serão realizados nas principais regiões produtoras do Estado vários eventos que terão como objetivo capacitar produtores e despertar o interesse pela própolis.
De acordo com o presidente da Conap, Irone Martins Sampaio, as expectativas para 2013 são positivas. A demanda pela própolis, principalmente dos países asiáticos, supera a oferta e os preços são mais lucrativos que os do mel.
“A demanda internacional pela própolis é crescente e os preços lucrativos, por isso queremos aproveitar a oportunidade para incentivar o aumento da produção no Estado, que tem condições favoráveis para aumentar o volume com qualidade superior. Outra vantagem do mercado internacional é que a procura pela própolis acontece ao longo de todo o ano, diferente do mercado interno que concentra a procura no inverno”, disse Sampaio.
Para incentivar o aumento da produção foram criados no Estado cinco núcleos voltados para o desenvolvimento da apicultura. Atualmente as unidades estão localizadas nas principais regiões produtoras: Entre Rios de Minas, Barbacena, Ouro Branco, ambos na região Central, Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Piranga, na Zona da Mata. A sexta unidade, que será em Brumadinho, também na RMBH, deve ser inaugurada nos primeiros meses de 2013.
União – A união do setor em cooperativas e núcleos de referência é considerada fundamental para o desenvolvimento da atividade. Nos núcleos, os cooperados têm acesso a cursos de manejo, aperfeiçoamento das técnicas, informações de mercado e sobre a importância do cooperativismo.
“No próximo ano vamos dar continuidade aos projetos de assistência ao produtor. O objetivo é ampliar tanto a produção como a qualidade da própolis. A organização do setor em cooperativa é essencial para que tenhamos uma oferta maior e constante dos produtos, o que é fundamental para o crescimento das negociações com o mercado internacional e para ampliar os ganhos”, disse.
A própolis produzida em Minas Gerais tem como principais destinos os mercados do Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Omã, Tailândia, China e Estados Unidos. Cerca de 90% da produção são voltados para o mercado externo. Os preços do produto estão em patamares rentáveis, variando de US$ 90 a US$ 140 o quilo, dependendo da qualidade final da própolis.
De acordo com dados da Conap, a produção tanto de própolis como de mel em Minas Gerais ao longo de 2012 deverá ficar menor que a estimada inicialmente. As chuvas abundantes registradas no início do ano e a seca observada no segundo semestre interferiram no sistema produtivo e impactaram o rendimento.
A expectativa é de que o volume de própolis fique em torno de 27 toneladas, frente ao volume de 29 toneladas produzidas no ano anterior. Queda também é esperada na produção de mel, que deve ficar em torno de 6,5 mil toneladas, ante as 7,5 mil toneladas geradas anteriormente. O produto é comercializado em maior volume no mercado interno, sendo negociado em torno de R$ 5 por quilo.
“O clima em 2012 não foi favorável para a produção apícola, nossa expectativa é que 2013 seja diferente”, disse Sampaio.
Michelle Valverde.
Matéria publicada no Diário do Comércio em 20-11-2012 -  diariodocomercio.com.br.