terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cooperativa no extremo sul da Bahia dobra produção de mel

Cooperativa no extremo sul da Bahia dobra produção de mel

Jueves 06 de Noviembre de 2008 21:00
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O projeto Apis no Extremo Sul da Bahia comemora o aumento na produção de mel da Cooperativa de Apicultura e Meliponicultura da região (Coopamel), que reúne 340 produtores de sete associações, em oito municípios. No início da implantação do projeto, numa parceria do Sebrae/BA com Ministério da Integração Nacional, Instituto Euvaldo Lodi, Senar e prefeituras, a produção de mel na Coopamel era de 60 toneladas ao ano em 20 Kg por caixa; hoje os apicultores conseguem produzir em média 40 Kg por caixa.

Um dos beneficiados pelo projeto é a Associação Apícola de Itabela (Apisbela), que reúne 23 apicultores. Para o presidente da Apisbela, Idalício Viana, somente com a capacitação dos produtores foi possível melhorar a produção. A expectativa dos associados da Apisbela é a conclusão da obra de instalação da Unidade da Coopamel em Eunápolis, que vai centralizar a comercialização do mel produzido pela Associação.

“Estamos conscientizando os apicultores de que somente com conhecimento, com a participação em cursos e uma maior profissionalização é possível que os associados sobrevivam apenas da produção do mel. Além do apoio do Sebrae/BA temos na região muita mata nativa e uma das melhores floradas que é a de Velame, responsável pela produção de um excelente mel com tonalidade clara e de sabor leve”, conta o presidente da Apisbela.

O gestor do projeto Apis Extremo Sul pelo Sebrae, Paulo Andrade Barreto, explica que o ótimo resultado, com o aumento na produção de mel na região, se deve ao trabalho desenvolvido há dois anos junto aos 340 produtores que receberam inicialmente capacitações para a formação de associações e depois com a criação, no ano passado, da Coopamel que reúne apicultores de Teixeira de Freitas, Nova Viçosa, Mucuri, Itabela, Guaratinga, Itanhém, Jucuruçu e Eunápolis.

“Oferecemos aos produtores capacitações na organização das associações e da cooperativa e na transferência de tecnologia. Por meio da parceria com o Senai e técnicos do Senar, os apicultores aprenderam a criar as abelhas rainha, conseguiram melhorar o manejo e com isso aumentaram a produtividade. Agora com a Coopamel vamos trabalhar com a consultoria de gestão e planejamento para redução de custos e em conseqüência melhor preço de competitividade. A previsão é de uma redução de custos entre 15% e 22 %. Ao final da consultoria essa redução pode ser ainda maior”, comemora Paulo Andrade Barreto.

Na segunda quinzena de julho a Unidade de Mucuri da Coopamel recebeu o CNPJ. Também em julho a mesma Unidade recebeu a visita de técnicos do Ministério da Agricultura que vão liberar nos próximos dias o certificado do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que vai possibilitar a comercialização do mel da região para outros estados. A Cooperativa vai centralizar toda a comercialização do mel produzido no extremo sul baiano. Sem a cooperativa a comercialização só é feita pela Associação de Teixeira de Freitas, que já tem o SIF e que na última safra comercializou oito caminhões com 15 toneladas cada um, num total de 120 toneladas.

Depois de Mucuri, a cooperativa vai iniciar a construção da Unidade de Eunápolis que, assim como Mucuri, terá capacidade de produzir 300 toneladas de mel por ano. Segundo Paulo Andrade Barreto, uma das características da Coopamel é a consciência e a união dos seus associados.

“A distância de 210 Km entre Guaratinga, onde está o presidente da Cooperativa, Jorge Brito, e a cidade de Mucuri, onde está a sede, não dificulta o bom funcionamento da Coopamel. É um grupo coeso que presa pelo bom funcionamento da Cooperativa. Todas as sete associações de apicultores tem membros na diretoria da Coopamel. Inclusive já produzimos a identidade visual do mel que será comercializado pela Cooperativa. O nome é Vidabahia”, explica o gestor do projeto APIS Extremo Sul.

No extremo sul baiano três empresas de celulose são parceiras da Coopamel para ajudar na produção do mel. São as empresas Aracruz, em Nova Viçosa, Veracel, em Eunápolis e Suzano, em Mucuri. Inicialmente, as empresas de celulose distribuíram Kits apícolas, com 10 caixas, indumentárias e cera. Em seguida os produtores eram monitorados e capacitados por técnicos do Sebrae/BA e Senai. Em um segundo momento as empresas fizeram uma campanha de estímulo ao consumo de mel, com outdoors, panfletos e anúncios em rádios.

“O objetivo é acabar com a idéia de que mel é só para remédio. Na verdade ele é um alimento bastante nutritivo além de ter uma produção ecologicamente correta porque as abelhas ajudam na preservação da flora”, enfatiza o gestor do projeto, Paulo Andrade Barreto.

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