Cooperativa no extremo sul da Bahia dobra produção de mel
Jueves 06 de Noviembre de 2008 21:00
There are no translations available.
O
projeto Apis no Extremo Sul da Bahia comemora o aumento na produção de
mel da Cooperativa de Apicultura e Meliponicultura da região (Coopamel),
que reúne 340 produtores de sete associações, em oito municípios. No
início da implantação do projeto, numa parceria do Sebrae/BA com
Ministério da Integração Nacional, Instituto Euvaldo Lodi, Senar e
prefeituras, a produção de mel na Coopamel era de 60 toneladas ao ano em
20 Kg por caixa; hoje os apicultores conseguem produzir em média 40 Kg por caixa.
Um
dos beneficiados pelo projeto é a Associação Apícola de Itabela
(Apisbela), que reúne 23 apicultores. Para o presidente da Apisbela,
Idalício Viana, somente com a capacitação dos produtores foi possível
melhorar a produção. A expectativa dos associados da Apisbela é a
conclusão da obra de instalação da Unidade da Coopamel em Eunápolis, que
vai centralizar a comercialização do mel produzido pela Associação.
“Estamos
conscientizando os apicultores de que somente com conhecimento, com a
participação em cursos e uma maior profissionalização é possível que os
associados sobrevivam apenas da produção do mel. Além do apoio do
Sebrae/BA temos na região muita mata nativa e uma das melhores floradas
que é a de Velame, responsável pela produção de um excelente mel com
tonalidade clara e de sabor leve”, conta o presidente da Apisbela.
O
gestor do projeto Apis Extremo Sul pelo Sebrae, Paulo Andrade Barreto,
explica que o ótimo resultado, com o aumento na produção de mel na
região, se deve ao trabalho desenvolvido há dois anos junto aos 340
produtores que receberam inicialmente capacitações para a formação de
associações e depois com a criação, no ano passado, da Coopamel que
reúne apicultores de Teixeira de Freitas, Nova Viçosa, Mucuri, Itabela,
Guaratinga, Itanhém, Jucuruçu e Eunápolis.
“Oferecemos
aos produtores capacitações na organização das associações e da
cooperativa e na transferência de tecnologia. Por meio da parceria com o
Senai e técnicos do Senar, os apicultores aprenderam a criar as abelhas
rainha, conseguiram melhorar o manejo e com isso aumentaram a
produtividade. Agora com a Coopamel vamos trabalhar com a consultoria de
gestão e planejamento para redução de custos e em conseqüência melhor
preço de competitividade. A previsão é de uma redução de custos entre
15% e 22 %. Ao final da consultoria essa redução pode ser ainda maior”,
comemora Paulo Andrade Barreto.
Na
segunda quinzena de julho a Unidade de Mucuri da Coopamel recebeu o
CNPJ. Também em julho a mesma Unidade recebeu a visita de técnicos do
Ministério da Agricultura que vão liberar nos próximos dias o
certificado do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que vai possibilitar a
comercialização do mel da região para outros estados. A Cooperativa vai
centralizar toda a comercialização do mel produzido no extremo sul
baiano. Sem a cooperativa a comercialização só é feita pela Associação
de Teixeira de Freitas, que já tem o SIF e que na última safra
comercializou oito caminhões com 15 toneladas cada um, num total de 120
toneladas.
Depois
de Mucuri, a cooperativa vai iniciar a construção da Unidade de
Eunápolis que, assim como Mucuri, terá capacidade de produzir 300
toneladas de mel por ano. Segundo Paulo Andrade Barreto, uma das
características da Coopamel é a consciência e a união dos seus
associados.
“A distância de 210 Km
entre Guaratinga, onde está o presidente da Cooperativa, Jorge Brito, e
a cidade de Mucuri, onde está a sede, não dificulta o bom funcionamento
da Coopamel. É um grupo coeso que presa pelo bom funcionamento da
Cooperativa. Todas as sete associações de apicultores tem membros na
diretoria da Coopamel. Inclusive já produzimos a identidade visual do
mel que será comercializado pela Cooperativa. O nome é Vidabahia”,
explica o gestor do projeto APIS Extremo Sul.
No
extremo sul baiano três empresas de celulose são parceiras da Coopamel
para ajudar na produção do mel. São as empresas Aracruz, em Nova Viçosa, Veracel, em Eunápolis e Suzano, em Mucuri. Inicialmente,
as empresas de celulose distribuíram Kits apícolas, com 10 caixas,
indumentárias e cera. Em seguida os produtores eram monitorados e
capacitados por técnicos do Sebrae/BA e Senai. Em um segundo momento as
empresas fizeram uma campanha de estímulo ao consumo de mel, com
outdoors, panfletos e anúncios em rádios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário