domingo, 23 de fevereiro de 2014

Chuvas do fim de semana aliviaram pouco as regiões secas

Chuvas do fim de semana aliviaram pouco as regiões secas

Apesar das pancadas de chuva no fim de semana passado em diversas localidades das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, as precipitações foram insuficientes para reverter o quadro de seca registrado desde o início do ano, de acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar. Por isso, de acordo com ele, reduções nos potenciais produtivos de lavouras já estão ocorrendo por todo o Brasil.
Em Goiás, as perdas na soja, por exemplo, poderão chegar a 10% do volume inicial esperado, enquanto em São Paulo e Minas Gerais esse percentual poderá ultrapassar os 15% - e o mesmo poderá ocorrer na Bahia e no Piauí, conforme Santos. "Outras culturas, como milho, feijão, café e até mesmo cana-de-açúcar, estão sendo castigadas por esse período seco e muito quente, onde as temperaturas vêm ultrapassando os 35°C facilmente, todos os dias", afirma o agrometeorologista em boletim divulgado ontem.
Para esta semana, previsões da Somar indicam pancadas de chuva sobre Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul e Estados da região Norte. Já no Sul, Sudeste e Nordeste, os mapas continuam apontando tempo quente, com temperaturas acima dos 35°C. Mas, no decorrer da semana, o bloqueio atmosférico que vem impedindo a formação de nuvens de chuva se enfraquecerá e permitirá a volta das precipitações.
"Não serão chuvas com altos volumes e nem generalizadas. Esse padrão só deverá mudar após o dia 20 de fevereiro, quando há previsões de chuvas mais volumosas e generalizadas por todo o Brasil. Em Mato Grosso, há previsão até mesmo para um curto período de invernada [chuvas prolongadas]", observou Santos.
É graças às chuvas de Mato Grosso, maior Estado produtor de soja do país, que muitas consultorias relutam em reduzir expressivamente suas estimativas para a colheita da oleaginosa. Mas o sinal de alerta está ligado.
"Se não houver queda nas temperaturas e melhora nos volumes e cobertura das chuvas até 15 de fevereiro, a estimativa de produção terá queda", afirma relatório de ontem da AgRural, que, por enquanto, estima a colheita de soja em 88,8 milhões de toneladas.
Paralelamente, as previsões de prejuízos para os "cinturões verdes" de hortifrútis que estão sem chuvas e abastecem grandes centros se multiplicam. Em São Paulo, conforme o Valor apurou, há relatos de uso de carros-pipa em estufas.
- See more at: http://www.seagri.ba.gov.br/noticias/2014/02/11/chuvas-do-fim-de-semana-aliviaram-pouco-regi%C3%B5es-secas#sthash.vmwCqdUL.dpuf

Chuvas do fim de semana aliviaram pouco as regiões secas

Apesar das pancadas de chuva no fim de semana passado em diversas localidades das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, as precipitações foram insuficientes para reverter o quadro de seca registrado desde o início do ano, de acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar. Por isso, de acordo com ele, reduções nos potenciais produtivos de lavouras já estão ocorrendo por todo o Brasil.
Em Goiás, as perdas na soja, por exemplo, poderão chegar a 10% do volume inicial esperado, enquanto em São Paulo e Minas Gerais esse percentual poderá ultrapassar os 15% - e o mesmo poderá ocorrer na Bahia e no Piauí, conforme Santos. "Outras culturas, como milho, feijão, café e até mesmo cana-de-açúcar, estão sendo castigadas por esse período seco e muito quente, onde as temperaturas vêm ultrapassando os 35°C facilmente, todos os dias", afirma o agrometeorologista em boletim divulgado ontem.
Para esta semana, previsões da Somar indicam pancadas de chuva sobre Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul e Estados da região Norte. Já no Sul, Sudeste e Nordeste, os mapas continuam apontando tempo quente, com temperaturas acima dos 35°C. Mas, no decorrer da semana, o bloqueio atmosférico que vem impedindo a formação de nuvens de chuva se enfraquecerá e permitirá a volta das precipitações.
"Não serão chuvas com altos volumes e nem generalizadas. Esse padrão só deverá mudar após o dia 20 de fevereiro, quando há previsões de chuvas mais volumosas e generalizadas por todo o Brasil. Em Mato Grosso, há previsão até mesmo para um curto período de invernada [chuvas prolongadas]", observou Santos.
É graças às chuvas de Mato Grosso, maior Estado produtor de soja do país, que muitas consultorias relutam em reduzir expressivamente suas estimativas para a colheita da oleaginosa. Mas o sinal de alerta está ligado.
"Se não houver queda nas temperaturas e melhora nos volumes e cobertura das chuvas até 15 de fevereiro, a estimativa de produção terá queda", afirma relatório de ontem da AgRural, que, por enquanto, estima a colheita de soja em 88,8 milhões de toneladas.
Paralelamente, as previsões de prejuízos para os "cinturões verdes" de hortifrútis que estão sem chuvas e abastecem grandes centros se multiplicam. Em São Paulo, conforme o Valor apurou, há relatos de uso de carros-pipa em estufas.
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